quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Flores

Boca de Leão (Anthirrhinum majus)


Família: Escrofulariáceas
Origem: Europa e Região Mediterrânea
Porte: Herbácea anual que atinge cerca de 70 cm de altura
Floração: inverno e primavera
Plantio: Propaga-se por meio de sementes
Solo ideal: Bem drenado e rico em matéria orgânica (mistura recomendada: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico)
Clima: Ameno
Luminosidade: Sol pleno. Precisa de pelo menos 4 horas diárias de sol direto.
Regas: Suporta solo mais seco. Pode ser regada, em média, 1 vez por semana e 2 vezes em períodos muito quentes. 
Uso paisagístico: Ideal para ser usada em bordaduras de canteiros ou como maciço.

A boca-de-leão é uma planta anual, ou seja, completa seu ciclo no período de um ano e necessita replantio. Seu cultivo como bordadura em canteiros dá ótimo resultado, principalmente porque acrescenta um colorido especial ao jardim, com flores tubulosas em diversas tonalidades, que vão do rosa ao vermelho-vivo, além do amarelo e do branco. É uma planta bem resistente e não dá trabalho com ataque de pragas ou doenças, mas não suporta geadas.


Jasmim Manga (Plumeria rubra)



Jasmim é o nome comum pelo qual são conhecidas as espécies do gênero Jasminum, da família Oleaceae, nativas do Velho Mundo. São em sua maior parte arbustos ou lianas, de folhas simples ou compostas. As flores são tubulares, com pétalas patentes, raramente maiores do que 2 centímetros de diâmetro, quase sempre muito perfumadas. Quase todas as espécies possuem flores brancas, mas há algumas de flores amarelas ou rosadas.

Seu aroma é adocicado, e é ocasionalmente usado em perfumaria. Na China mistura-se flores de jasmim à folhas de chá, e a combinação de sabor e aroma resultante é muito apreciado.

Em alguns lugares do Brasil, outras plantas com flores tubulares e 5 pétalas patentes, com forte perfume, são também conhecidas como jasmim.

Onze Horas (Portulaca grandiflora)

Sinonímia: Portulaca pilosa ssp. grandiflora
Nome Popular: Onze-horas, portulaca
Família: Portulacaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil, Argentina e Uruguai
Ciclo de Vida: Anual

A onze-horas é uma das raras plantas suculentas que tem ciclo de vida anual. É também umas das floríferas anuais mais apreciadas no mundo todo, pelo seu fácil cultivo e abundante floração. Seus ramos são prostrados, macios, ramificados e suculentos, muitas vezes avermelhados. As folhas são engrossadas, cilíndricas, verdes, suculentas e dipostas alternadamente.

As flores terminais são muito grandes e vistosas, podem ser simples ou dobradas e de diversas cores e mesclas, como o róseo, o branco, o laranja, o amarelo, o vermelho, o púrpura, etc. Elas se abrem pela manhã e se fecham à tarde, mas apenas em dias ensolarados. A floração ocorre nos meses mais quentes.

Esta pequena herbácea, de 20 cm de altura, é muito versátil tendo uma ampla aplicação paisagística. Ela é adequada a formação de maciços, bordaduras e grupos irregulares, assim como adapta-se muito bem ao plantio em vasos, jardineiras e cestas suspensas. É perfeita para acrescentar cor a jardins de pedras, e pode ser planta em espaços bem pequenos como entre as pedras do caminho ou em estreitos nichos em um muro rochoso. Pode também servir como forração, revestindo taludes, mas não suporta o pisoteio. Atrai abelhas.

Devem ser cultivadas sob sol pleno, em solo fértil, bem drenável e enriquecido com matéria orgânica, com regas periódicas. Tolerante a seca e a baixa fertilidade do solo, mas floresce melhor quando fertilizada. Durante as regas, deve-se evitar molhar os botões e as flores, que se danificam com facilidade. Multiplica-se por sementes postas a germinar na primavera.

Rosa (Rosa x grandiflora)

Nome Popular: Rosa, roseira, rosa-arbustiva, roseira-grandiflora
Família: Rosaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: China e Japão
Ciclo de Vida: Perene
A rosa é a principal flor de corte comercial no mundo. Musa inspiradora de todas as artes, desde a pintura até a poesia, a rosa possui muitos significados em nossa cultura. Arbustiva e muito exigente em fertilidade e manejo a roseira aprecia o clima ameno. Além de flor de corte pode ser cultivada em vasos, isolada ou em grupos no jardim, formando charmosos maciços.

Suas flores originalmente são simples, mas com o melhoramento genético obtivemos milhares de variedades dobradas e de diversas cores e combinações. As hastes são longas e verdes, e apresentam acúleos (espinhos) e folhas pinadas, dividas em lóbulos de margens serrilhadas.

Deve ser cultivada sempre a pleno sol em solo corrigido e adubado com esterco curtido, farinha de ossos e cinzas. As regas devem ser regulares e as podas muito cuidadosas e corretas para estimular a floração. Multiplica-se por enxertia.


Classificação das Plantas

A classificação das plantas possui diversos nomes e grupos que podem confundir um iniciante no estudo da taxonomia das plantas.
A sistemática baseia-se nas relações filogenéticas para trabalhar a taxonomia dos diversos seres vivos. Por isso, ao estudar os diversos grupos de plantas, pode-se ter uma idéia da evolução das mesmas no nosso planeta, observando-se o aumento de complexidade ou, vulgarmente, o "aumento da evolução" destes seres vivos.
É bom lembrar que na Biologia moderna não se considera nenhum ser vivo mais evoluído que outro, ou seja, bactérias, protistas, fungos, animais e vegetais estão no mesmo nível de evolução, já que não existem critérios para medir a evolução dos organismos, a menos que estes sejam determinados por interesse. Nós, seres humanos, por exemplo, consideramos a inteligência como um critério de evolutividade, porém não sabemos se este é um bom critério ou se a nossa inteligência é mesmo maior que dos outros seres vivos. Este assunto é profundo e filosófico, e não tem, ainda, bases científicas. O próprio naturalista Charles Darwin escreveu nos pés das páginas do manuscrito de Origem das Espécies: "Nunca escrever que um organismo é inferior ou superior". Ele preferia usar a palavra transmutacionismo que evolução, apesar de ter usado esta última em algumas publicações.
Antigamente, as plantas eram divididas em inferiores, intermediárias e superiores.

Vegetais Inferiores

Os chamados antigamente de "vegetais inferiores" são as algas, atualmente classificadas no reino Protista (poucos ainda consideram as algas verdes - Clorofíceas, Chlorophyta - como uma divisão[1] do Reino Plantae).
Observação: As algas pertencem ao Reino Protista, não confundir as cianobactérias com algas (apesar de terem sido consagradas como "algas azuis"), elas são fotossintetizantes mas procariontes, pertencendo ao Reino Monera.

Vegetais Intermediários e Superiores

Estes são os vegetais chamados Embriófitas (Embryophyta). São os que habitam o meio terrestre:

Intermediários

São as Criptógamas, vegetais sem sementes.
Criptógamas Avasculares: Briófitas, que pertencem à Divisão Bryophyta.
Criptógamas Vasculares: Pteridófitas (parte das Tracheophyta ou traqueófitas - que possuem vasos condutores) com as divisões Pterophyta, Lycophyta, Equisetophyta e Psilophyta.


Superiores

São Espermatófitas (Spermatophyta - com sementes) e ainda Fanerógamas (com flores), parte das Tracheophyta, ou seja, também são vasculares.
Gimnospermas (com sementes e sem frutos): Divisões Conyferophyta, Cicadophyta, Gnetophyta e Ginkgophyta.
Angiospermas (com frutos), ou ainda, Magnoliófitas: Divisão Anthophyta (atualmente Magnoliophyta): Classes Dicotyledoneae (Magnoliopsida) e Monocotyledoneae (Liliopsida).


Evolução e Classificação das Plantas Verdes

A maioria das algas não são mais classificadas como pertencentes ao Reino Plantae.[3][4] As algas compreendem diferentes grupos de organismos que produzem energia através da fotossíntese, cada um dos quais evoluindo independentemente de ancestrais não-fotossintéticos diferentes. As mais conhecidas são as macroalgas, algas multicelulares que podem se assemelhar vagamente a plantas terrestres, mas classificadas como algas verdes, vermelhas e castanhas. Cada um destes grupos inclui também vários organismos microscópicos e unicelulares.
Apenas dois grupos de algas são considerados parentes próximos das plantas terrestres Embryophyta. O primeiro destes grupos, as Charophyta, deu origem às plantas terrestres.[5][6][7] O grupo irmão do conjunto das carófitas e embriófitas, é o outro conjunto de algas verdes, as Chlorophyta, e este grupo mais extenso é colectivamente designado por plantas verdes ou Viridiplantae. O Reino Plantae é considerado como sinónimo deste grupo monofilético. Com algumas excepções entre as algas verdes, todas as formas possuem paredes celulares contendo celulose, possuem cloroplastos contendo clorofila "a" e "b" e e armazenam alimento na forma de amido. Efectuam mitose de forma fechada, sem centríolos e as suas mitocôndrias possuem cristas tipicamente achatadas.
O cloroplasto das algas verdes está rodeado por duas membranas, sugerindo que teve a sua origem por endossimbiose directa de cianobactérias. O mesmo é verdadeiro para dois grupos adicionais de algas: Rhodophyta (algas vermelhas) e Glaucophyta. Pensa-se que estes três grupos têm uma origem comum, por isso são classificados juntos no taxon Archaeplastida. Por outro lado, a maioria das outras algas (Heterokontophyta, Haptophyta, dinoflagelados e Euglenophyta), possuem cloroplastos com três ou quatro membranas envolventes. Não são parentes próximos das plantas verdes e provavelmente adquiriram os cloroplastos indirectamente através da ingestão ou simbiose com algas verdes ou vermelhas.
Muitas algas mostram alternância de gerações, entre uma forma que se reproduz de forma assexuada – o esporófito – e uma forma sexuada, o gametófito.

Hepática
Durante o Paleozóico, começaram a aparecer em terra firme plantas complexas, multicelulares, os embriófitos (Embryophyta), nas quais o gametófito e o esporófito se apresentavam de forma radicalmente diferente das algas, o que está relacionado com a adaptação a ambientes secos (já que os gâmetas masculinos estavam antes dependentes de meios húmidos para se moverem). Nas primeiras formas destas plantas, o esporófito mantinha-se reduzido e dependente da forma parental durante a sua curta vida. Os embriófitos actuais, que têm este tipo de organização, incluem a maior parte das plantas que geralmente evocamos. São as chamadas plantas vasculares, com sistemas completos de raiz, caule e folhas, ainda que incluam algumas espécies de briófitas (das quais o musgo será talvez o tipo mais conhecido). Outros autores, contudo, definem os embriófitos como sendo todas as plantas terrestres, incluindo, de acordo com esta definição, a divisão 'Hepaticophyta (ou Marchantiomorpha, segundo uma classificação anterior), as hepáticas; a divisão Anthocerophyta, antóceros e a divisão Bryophyta, os musgos.

Musgos
As briófitas confinam-se a ambientes húmidos – é a água que faz a dispersão dos esporos - e mantêm-se pequenas durante todo o seu ciclo de vida caracterizado pela alternância de duas gerações: um estádio haplóide (o gametófito) e um estádio diplóide (esporófito). Este último é de curta duração e está dependente do gametófito.
No período Silúrico apareceram novos embriófitos, as plantas vasculares, com adaptações que lhes permitiam estar menos dependentes da água. Estas plantas tiveram uma radiação adaptativa maciça durante o Devónico e começaram a colonizar a terra firme. Entre essas adaptações podemos referir uma cutícula resistente à dessecação e tecidos vasculares por onde circula a água – por isso são chamados plantas vasculares ou Tracheophyta.


Em muitas destas plantas, o esporófito funciona como um indivíduo independente, enquanto que o gametófito se tornou muito reduzido. Entre as plantas vasculares são reconhecidos dois grupos distintos:

as "Pteridófitas" - plantas em que o gametófito é um organismo independente, como as samambaias e a cavalinha; e
as "Espermatófitas" - as plantas que se reproduzem por semente, ainda ligadas ao esporófito, ou seja, em que o gametófito é "parasita" do esporófito.

O grupo das Pteridófitas pode dividir-se da seguinte forma:


  • Divisão Lycopodiophyta (ou Lycopsida), licopodíneas.
  • Divisão Equisetophyta (ou Equisetopsida), cavalinhas
  • Divisão Pteridophyta (ou Filicopsida), fetos ou samambaias
    • Psilotophyta, Psilotales,
    • Ophioglossophyta (Ophioglossales), língua-de-cobra, lunária e o género Botrypus.
    • Marattiopsida
    • Leptosporangiatae ou fetos "verdadeiros"


Araucaria angustifolia
As espermatófitas ou plantas com sementes são um grupo de plantas vasculares que se diversificou no final do Paleozóico. Nestas formas, o gametófito está reduzido aos órgãos sexuais e o esporófito começa a sua vida como uma semente, que se desenvolve ainda dependente da planta-mãe. Os grupos actuais de espermatófitos incluem as seguintes divisões:

  • Divisão Cycadophyta (Cicadáceas, como o Encephalarthos)
  • Divisão Ginkgophyta (o Ginkgo, árvore "sagrada" dos japoneses)
  • Divisão Pinophyta (ou Coniferophyta, os pinheiros)
  • Divisão Gnetophyta (que inclui a Welwitschia e as Efedras)
  • Divisão Magnoliophyta (ou Anthophyta, as plantas com flores.


Uma classificação ainda usada para estes grupos de plantas usa os seguintes termos:

Gimnospérmicas, ou plantas com sementes nuas, que incluem as quatro primeiras divisões do grupo acima, e
Angiospérmicas para as plantas com flores.
As angiospérmicas foram as últimas plantas a aparecer, durante o Jurássico, mas tiveram o seu maior período de propagação no Cretácico, sendo, actualmente, plantas predominantes em muitos ecossistemas.